A reconstrução oblíqua dos afectos
Fugir daqui. E deitar-me no teu colo onde me perco. Onde quero ser só um mimo teu. Fugir do mundo, esconder-me da mata escura dos prédios gastos e das ordens absurdas. Ser teu, ser só um sopro para ti. Fugir para longe, que é onde mora a ilusão perdida do mundo. Estou preso, não me deixam sair. Se agora de repente aparecesses e viesses aqui ter comigo eu ficava a saber que o mundo pode acabar bem. {N}
Se aparecesses o mundo era um sorriso, o sorriso bonito que trazes sempre desenhado na cara. Quero fugir dos silêncio obrigatórios, das palavras proibidas, dos passos controlados, dos olhos cegos. Dá-me também um canto do teu colo para adormecer a alma que se revolta e não sossega senão com a tua mão a pentear-me o cabelo, devagarinho e depois, depois podemos fugir. {F}
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