Um blog partilhado por Felisbela Fonseca e Nuno Catarino.

25 junho 2004

A Democracia Comovente

Era escuro, seco e áspero. Era verão por fora, inverno por dentro. Era pele, fesca, como é costume das peles jovens. As pessoas nunca são bem aquilo que imaginamos, nós nunca somos exactamente aquilo que esperam de nós. A chuva cai, apesar do sol, lá fora. Nunca estamos certos, ou errados, somos o que o acaso faz de nós. Cá dentro as nuvens continuam. Suspensas pelo teu sorriso que não aparece. Vem. {N}

Foi-se. O sol estava tão bom, tão quente. Sim, bem sei que nem sempre os caminhos são fáceis e talvez o amor não seja uma bola de sabão nem as almas doces. Estava tão o céu azul, tão claro, tão limpo. Não, não sabia que havia pedras, nem curvas sinuosas, pensava que já conhecia todos os horizontes, que sabia a cor dos teus olhos. Venha o vento para levar as nuvens enquanto respiro fundo para afastar a vontade contrária à de sorrir... {F}