Um blog partilhado por Felisbela Fonseca e Nuno Catarino.

11 junho 2004

A quinze minutos contigo eu não diria que não

É tão bom provar-te o pescoço, é sempre tão bom
(nunca o fiz, mas imagino que assim seja)
e as prioridades do universo trocam de lugar
(as nossas certezas nunca passam de dúvidas repetidas)
mas sei que tu és o mar
(é no mar que as pessoas se afogam)
e quando estás comigo eu bebo-te tão depressa
(és salgada, entras em mim, deixo de ser eu)
o tempo foge e mata-nos
(sempre tão curto para ti enorme)
por isso, por agora
(adeus)
não façamos nada proibido
(tu dizes que não é)
e mais que um pescoço para poder descansar a língua
(o descanso é a morte e morrer contigo... tu sabes)
quero-te
(amor)

[N]