Depois foi com o vento...
Achas que as coisas boas já não acontecem assim... de repente, sem contrapartidas, sem mentiras, sem nada mais senão o sentir da alma a encher como um balão encarnado que depois se deixa voar ao sabor dos ventos, sem destino certo... achas...?!!! Achas que pode acontecer ainda uma coisa boa assim?!! |F|
Eu sempre pensei que só houvesse disso em sonhos ou em filmes. Nunca imaginei que pudesse acontecer assim tão docemente, longe dos lençóis da noite e das cores do cinema, assim no toque leve de um braço frágil. Lá fora da janela um balão vai voar muito alto, passar as nuvens e conhecer o sol. Mas aqui dentro não me peças mais nada, não te quero mais nada, traz apenas a garrafa de vinho. |N|
Sabes, há dias em que acredito mais... mas também há dias cinzentos em que mesmo que voassem milhares de balões encarnados não os conseguiria ver nem sequer imaginar. Nos filmes é tudo diferente e os sonhos são só uma alucinação maravilhosa que dura menos que um instante. Mas não sei, sei tão pouco, só queria ficar mais tempo para descobrir se posso voar. E até lá... tenho que ficar a encher balões enquanto esvazio a alma!? |F|
Essas viagens de estado de espírito fazemos nós sempre. Por agora fica, sim, podes ficar, tens tempo, dou-te o tempo, descobre por ti mesma se sabes voar. Deixa-te cair no sofá, descansa do dia e das nuvens, deixa-te ficar para poder saborear o sonho de olhos abertos ao ter-te tão frágil, tão bela e tão perto. |N|
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