Um blog partilhado por Felisbela Fonseca e Nuno Catarino.

26 novembro 2004

Quarto Crescente [IV]

Logo depois de a perder tentou encontrá-la em outros braços, em outros beijos, e se ela não fosse sempre tão maravilhosa era mais fácil deixar-se levar. Não há nada que anule tão penosa ausência. O whisky já pesa na cabeça e os cigarros já são todos iguais, queimados sem vontade, sem sabor. O copo fica a meio, pousado sobre a mesa quadrada, o masso vazio embrulhado num punho fechado. Foi num repente que se levantou... a cadeira arrastada sem jeito depois de a ver com o sorriso doce nos lábios com tanto para lhe oferecer.
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