Um blog partilhado por Felisbela Fonseca e Nuno Catarino.

07 julho 2004

Um Sorriso Para Todo o Sempre

Um sopro acompanhado por uma promessa invade-te o ouvido. Sorris, linda como sempre, sorris e dizes que sim. Acenas a cabeça e pedes-me outra vez. Sorrio, nego-te desta vez. Levanto-me e corro até à água, está fria, mergulho. Tu vens também. Abraçamo-nos para fugir ao frio da água que nos envolve. Não percebemos ainda bem essa coisa que nos impele ao toque, ao abraço, ao beijo. Nessa tarde, numa praia perdida longe do mundo, és minha. {N}

Voltamos depressa às toalhas estendidas sobre a areia quente. A praia quase vazia. Sim, não percebemos bem, só sabemos que é bom e isso é quanto basta. E é assim que nos perdemos do resto mundo para nos encontrarmos, um no outro, um com o outro. Volto a acenar a cabeça para te ver sorrir. {F}

Se a lógica guiasse as almas não estaríamos aqui, fugitivos de outros lá fora, donos de nós mesmo. De cada vez que te tirar a areia das costas sinto-te a pele cada vez mais quente e queimada, como eu por ti. Acena mais uma vez, sorri, descansa, corre, foge, sê minha. Lá fora podes viver com outro, podes ter uma vida, podes ser de alguém que não sabe que a tua beleza queima mais que o sol. Mas apor agora fica aqui comigo, não sejamos mais que grãos de areia. {N}