Um blog partilhado por Felisbela Fonseca e Nuno Catarino.

20 setembro 2004

O Vento

as noites passam sempre depressa. e era nessa rajada de vento que ela chegava sempre, a mesma que instantes depois a levava. as coisas boas da vida deviam ser lentas, para se provarem e degustarem, lentamente, com vontade que seja por mais tempo, por muito tempo. mas os ventos abundam e fazem tudo andar em reboliço. a noite de ontem passou depressa, estava muito vento. |f|

a luz cadente sobre a manhã não fazia esquecer a noite, tão boa mas tão breve. tens sempre de fugir tão depressa, deixando no ar o teu perfume que acorda a lembrança do toque terno na textura sedosa dessa pele de anjo sem asas. mesmo sem asas ela voava no vento, chegava e partia mas deixava sempre uma memória de tempo feliz. mas ia chegar o tempo em que ela fugia do vento para se deixar ficar na beleza da noite toda. |n|